quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Onde está localizado o CIEP?



O CIEP está localizado no Complexo da Maré.

A Maré é um bairro na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro e constitui-se num agrupamento de várias favelas, sub-bairros com casas, e conjuntos habitacionais. Com cerca de 130.000 moradores (Censo de 2006), possui um dos maiores complexos de favelas do Rio de Janeiro.

O bairro congrega, aproximadamente, dezesseis microbairros, usualmente chamados de comunidades, que se espalham por 800 000 metros quadrados próximos à Avenida Brasil e à margem da baía. É cortado pela Via Expressa Presidente João Goulart (Linha Vermelha) e pela Avenida Governador Carlos Lacerda (Linha Amarela).

Comunidade Morro do Timbau

Localiza-se no Morro do Timbau (do tupi thybau: "entre as águas"), originalmente uma área seca entre os manguezais e alagadiços às margens da Baía de Guanabara. Iniciou-se com a chegada de Orosina Vieira, considerada tradicionalmente como sua primeira moradora. De acordo com o próprio depoimento, ela encantou-se pelo lugar aprazível e desocupado, durante um passeio dominical pela praia de Inhaúma. Com pedaços de madeira trazidos pela maré, demarcou uma área no morro, para ali construir, com o marido, um pequeno barraco: a primeira habitação do Timbau.

Atualmente, conta com cerca de 2.700 domicílios e uma população estimada de 6.000 pessoas.

Baixa do Sapateiro

Ao contrário da comunidade do Morro do Timbau, cuja ocupação ocorreu em uma área elevada, com alguma organização, a da Baixa do Sapateiro, que lhe é adjacente, desenvolveu-se em uma área de baixada, alagadiça, sem maiores cuidados na organização.
Formada por volta de 1947 a partir de um pequeno grupo de palafitas de madeira e originalmente conhecida como "Favelinha do Mangue de Bonsucesso", existem três versões para a origem do atual nome da comunidade:
  • haveria realmente um sapateiro na ocupação inicial da área;
  • seria uma alusão à Baixa dos Sapateiros em Salvador, na Bahia, uma vez que, na origem, a comunidade era integrada por vários migrantes nordestinos;
  • seria uma referência à vegetação de manguezal, onde predominava a espécie "Rhizophora mangle" (mangue-vermelho), denominada popularmente como sapateiro. Essa espécie era extraída para a produção de tamancos, um calçado popular entre a comunidade de origem portuguesa no Rio de Janeiro.
Atualmente, a comunidade conta com cerca de 4.000 domicílios, com uma população estimada de 15.000 pessoas.

1948: Conjunto Marcílio Dias

Formada na antiga Praia das Moreninhas, entre os terrenos da Casa do Marinheiro e da fábrica da Kelson, a partir de 1948 por oito famílias de pescadores que ali ergueram palafitas. O seu nome é uma homenagem a Marcílio Dias.

Atualmente, conta com cerca de 2.300 domicílios, uma população estimada de 12.000 pessoas e um comércio de pequeno porte. Dentro desta comunidade, insere-se outra menor, denominada "Mandacaru", que conta com 554 famílias cadastradas, convivendo atualmente com a ameaça de remoção por parte do poder público.

Comunidade Parque Maré

Originalmente uma extensão da Baixa do Sapateiro, distinguia-se por sua proximidade da Avenida Brasil, apresentando, por essa razão, uma densidade demográfica mais elevada. As primeiras palafitas e barracos foram erguidos a partir do início da década de 1950. Os moradores pediam aos caminhões de entulho que transitavam pela Avenida Brasil, que despejassem a sua carga na área, promovendo desse modo o aterro coletivo da mesma.

O Parque Maré conheceu uma grande expansão na década de 1960, quando foi criada a sua associação de moradores, para lutar pela permanência da comunidade, consolidando-se após a atuação do Projeto Rio, do Governo Federal, nas décadas de 1980 e 1990, que demoliu as últimas palafitas.

A comunidade conta, atualmente, com cerca de 4.000 domicílios, habitados por uma população estimada de 30.000 pessoas.

Parque Roquete Pinto

Surgiu através de uma série de aterros realizados pelos próprios moradores, a partir de 1955, às custas do manguezal. O processo de urbanização deu lugar a domicílios de alvenaria. O seu nome deve-se à existência de uma base e torre de transmissão da Rádio Roquette-Pinto. Os transmissores da estação foram furtados em 1995, deixando a estação de rádio fora do ar daquela data até julho de 2002.

Comunidade Parque Rubens Vaz

Formou-se a partir de 1951, quando a areia oriunda da dragagem do canal da Zona Portuária ainda causava problemas aos moradores. O seu nome é uma homenagem ao major Rubens Florentino Vaz.

Atualmente, conta com cerca de 1.200 domicílios e com uma população estimada em 15.000 pessoas.

Parque União

Formou-se a partir de um loteamento promovido por um advogado, cujo projeto era o de criar um bairro popular, com boa infraestrutura urbana. Outras fontes referem que a comunidade é fruto de uma das primeiras invasões urbanas planejadas de que se tem notícia, em fins da década de 1950.

Atualmente, conta com uma população estimada em 30.000 habitantes, comércio de pequeno e médio porte, diversas creches e um Centro Integrado de Educação Pública. É a área mais desenvolvida da região.

Nova Holanda

Planejada e construída pelo poder público na década de 1960, sob o governo de Carlos Lacerda, sobre um aterro realizado ao lado do Parque Maré. O grande porte desse aterro influenciou a escolha do nome do empreendimento - Nova Holanda - uma vez que aquela região europeia foi formada, em grande parte, por aterros.

Praia de Ramos

Originalmente uma comunidade de pescadores estabelecida por volta de 1962 na antiga Praia de Maria Angú, vizinha ao terreno do quartel do 24° Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro. Atualmente, conta com cerca de mil domicílios e com uma população estimada em quase 4.000 pessoas.

Conjunto Esperança

Conjunto habitacional erguido em 1982 pelo Projeto Rio, do Governo Federal, com 35 edifícios totalizando 1.400 apartamentos. Recebeu, à época, cerca de 7.000 pessoas, abrigando, atualmente, uma população estimada em mais de 8.000 pessoas.

Vila do João

Conjunto habitacional erguido pelo Projeto Rio, do Governo Federal, no início da década de 1980, com 2.600 domicílios, destinados a abrigar as pessoas que viviam em palafitas na Baixa do Sapateiro. O seu nome é uma homenagem ao então presidente da república, João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1985).
Atualmente, conta com cerca de 4.000 domicílios e uma população estimada em quase 12.000 pessoas.

Vila do Pinheiro

A área denominada genericamente como "Pinheiro" é fruto de um aterro promovido à época do Projeto Rio na década de 1980, que ligou a antiga Ilha do Pinheiro ao continente. Esse aterro destinava-se a assentar os antigos moradores das palafitas removidas da Baixa do Sapateiro e do Parque Maré.

Conjunto Bento Ribeiro Dantas

Foi erguido em frente ao Conjunto Pinheiro na década de 1990. No início, foi popularmente apelidado de "Fogo Cruzado", uma vez que se encontrava na linha de tiro entre facções criminosas rivais que disputam o controle do crime no bairro.
Inaugurado em 1992, o seu projeto é de inspiração pós-modernista, utilizando o tijolo e o concreto aparentes, o que lhe dá uma estética própria.
Os seus moradores vieram de outras favelas, consideradas de risco pelos técnicos da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro através do Programa Morar sem Risco e que não podiam ser urbanizadas pelo Programa Favela-Bairro, implantado a partir de 1994.
Atualmente, conta com cerca de 600 domicílios e com uma população estimada em 3.000 pessoas.

Nova Maré

Conjunto habitacional inaugurado pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro em 1995 com o fim de assentar moradores removidos de palafitas no Parque Roquete Pinto e na comunidade conhecida como "Kinder Ovo". Em área de aterro vizinha à Baixa do Sapateiro, decorrente da construção da Via Expressa Presidente João Goulart, o seu projeto segue as linhas do Conjunto Bento Ribeiro Dantas.

Atualmente, conta com mais de 600 domicílios. É aqui que se encontra o "Projeto Uerê", que atende a crianças e adolescentes.

Conjunto Novo Pinheiro (Salsa e Merengue)

Conjunto habitacional inaugurado no ano 2000 pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro com o nome oficial de Novo Pinheiro. Embora tenha história e características próprias, não contava ainda com uma associação de moradores, sendo incluído tradicionalmente no Conjunto Vila do Pinheiro. O seu nome popular é uma alusão à novela televisiva Salsa e Merengue, devido ao colorido das casas.



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